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Federação das Associações Comerciais quer barrar aumento de IOF

Notícias 27 de setembro de 2021

"O aumento de impostos neste momento pode ser muito prejudicial, precisamos desse socorro da Federação", ressalta o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos (ACE Ourinhos), Robson Martuchi. Esta semana a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) anunciou que vai solicitar que o Ministério da Economia altere as regras do aumento temporário do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O pedido é para que o acréscimo seja aplicado somente em operações financeiras que ultrapassem os R$ 100 mil. 

 

"A Federação está pensando em ajudar os micro e pequenos empresários que estão começando a se recuperar da crise econômica por conta da pandemia da Covid-19. Não é hora de nenhum aumento de imposto e é essa voz que o comerciante precisa, de entidades que pensem neles", destaca Robson Martuchi. 

 

O presidente da Facesp, Alfredo Cotait Neto, aguarda uma audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com técnicos da pasta para apresentar e defender a proposta. 

 

“As MPEs que sobreviveram à crise ficaram sem caixa e estão buscando recursos no sistema financeiro. O aumento do IOF de forma indiscriminada impacta de forma mais direta os pequenos negócios, já muito enfraquecidos. A medida vai influenciar, de forma negativa, a retomada econômica”, avaliou Cotait. 

 

Ainda segundo o presidente da Facesp, o aumento do imposto, que resulta na dificuldade na busca por crédito, desestimula e pressiona ainda mais a base da economia, que são o comércio, os prestadores de serviço, enfim, as MPEs. “Este tipo de decisão nos passa a impressão que o pequeno negócio não faz parte do programa econômico brasileiro, o que consideramos um grave erro”, afirmou. 

 

“A economia brasileira tem apostado todas as fichas no agronegócio e nas commodities, porém, sabemos que são as MPEs as maiores geradoras de emprego e renda no País, por isso, não podem ser ignoradas”, alertou Cotait. 

 

AUMENTO 

 

O aumento temporário do IOF, anunciado na semana passada pelo governo, ampliou a alíquota cobrada sobre operações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. A ampliação será válida até 31 de dezembro deste ano. 

 

Para as pessoas físicas, o IOF passa da alíquota atual de 0,0082% ao dia (equivalente a 3% ao ano) para 0,01118% ao dia (4,08% ao ano). Haverá aumento no cheque especial, no crédito pessoal e no financiamento de veículos. 

 

Já para as pessoas jurídicas, sobe de 0,0041% para 0,00559% ao dia (ou 1,5% para 2,04% ao ano). O que afeta o capital de giro e a antecipação de recebíveis. 

 

O IOF mais caro, de acordo com o governo, tem como intenção levantar recursos para financiar o programa Auxílio Brasil.


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