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EUA têm 2 mil incentivos a empresas estrangeiras, revela especialista em seminário na Associação Comercial de SP

Notícias 13 de setembro de 2018

Segundo o consultor Carlos Barbieri, presidente do Grupo Oxford, EUA oferecem crédito, terrenos e isenção de taxas; ele foi palestrante em evento na Associação Comercial de SP sobre internacionalização de empresas

São Paulo, 13 de setembro de 2018. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) reuniu, na tarde da última terça-feira (11), especialistas de três consultorias para orientar uma plateia de mais de 100 empresários brasileiros sobre o passo a passo da internacionalização de negócios para os Estados Unidos. Organizado pela São Paulo Chamber of Commerce, braço de comércio exterior da ACSP, o evento foi realizado na sede da Associação, no centro da capital paulista.

À frente do Grupo Oxford há 28 anos, o consultor empresarial Carlos Barbieri definiu seu negócio como “a mão do empreendedor brasileiro nos Estados Unidos”. A consultoria faz todo o planejamento estratégico para uma empresa entrar no mercado dos EUA, além de dar orientações contábeis, jurídicas e legais e avaliar qual dos 62 tipos de vistos norte-americanos se enquadra melhor no perfil do interessado. Ele contou que na Flórida/EUA, 93% das empresas que exportam são pequenas ou médias, desmitificando a ideia de que a internacionalização é viável apenas para grandes companhias. “Não é a General Motors e nem a Ford que move a principal economia do país, são as médias empresas”.

Ele explicou que a internacionalização pode ser alcançada com ou sem a presença do empresário nos EUA, por meio de parcerias ou representantes comerciais. “Desde que o trabalho seja bem feito, é um mercado bem atrativo. A taxa de desemprego caiu, o comércio exterior ampliou e a inflação está controlada”.

Cultura e jeitinho

Barbieri enfatizou que o norte-americano é culturalmente diferente do brasileiro e, portanto, as empresas brasileiras precisam se apoiar nas orientações de um parceiro estratégico local para que não comentam erros comuns que podem levar à extinção do negócio. “Os EUA têm cerca de dois mil incentivos para empresas estrangeiras se estabelecerem lá, seja por meio de linhas de crédito, seja na concessão de terrenos, isenção de taxas”, revelou o consultor, dando como exemplo o caso da Embraer, que tem escritório em Fort Lauderdale/Flórida. A empresa de aviação, cuja mão de obra é altamente qualificada, teve metade do salário de seus funcionários paga pelo governo da Flórida.

Segundo palestrante do encontro na ACSP, Lineu Vitale, presidente do Preview Media Group e do FocoAmerica.com, comentou que o principal obstáculo para empreendimentos brasileiros nos EUA é de natureza cultural: “Os empresários não buscam consultoria porque estão emocionalmente envolvidos no negócio e, culturalmente, buscam o jeitinho”, disse o especialista, reforçando que nos EUA propina é algo inviável e o cumprimento de prazos é um valor seguido à risca. Ele elencou sete dicas essenciais para abrir uma filial ou uma operação nos EUA:

1) Comece por um projeto bem feito. É indispensável.
2) Consiga orientação séria e segura, com gente confiável.
3) Comece pequeno. Exceto em projetos EB-5 e internacionalização de empresas de médio e grande porte.
4) Tenha paciência e perseverança.
5) Faça tudo dentro da lei.
6) Não queime etapas. Há um caminho seguro a seguir.
7) Dois profissionais são indispensáveis para o novo empreendimento: advogado e contador.

O evento sobre internacionalização também contou com palestra de Fabiano Prezotti, sócio-fundador da corretora Advanced US, uma das maiores instituições financeiras do mercado cambial brasileiro, com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Miami. A empresa realizou em 2017 mais de 100 mil operações cambiais, num total de 14 bilhões de dólares.

A consultoria de Prezotti auxilia investidores brasileiros a movimentar dinheiro entre os dois países, inclusive na obtenção de linhas de crédito nos EUA, onde os juros são muito menores, e na abertura de contas naquele país ? sem precisar sair do Brasil. “O mais importante é que não existe hoje base legal para tributar capital brasileiro no exterior. Você vai pagar somente o IOF para fazer a dolarização do patrimônio”, esclareceu o especialista, lembrando que o imposto pode variar de 0,38% a 1,10%.

Farid Murad, diretor da ACSP, frisou que é imprescindível que os empresários brasileiros se informem sobre internacionalização. “É muito prazeroso receber profissionais importantes e renomados como os de hoje. A ACSP está sempre buscando formas novas para ajudar e proteger o empreendedor, em especial o pequeno e médio”, disse.

Mais informações:
Renato Santana de Jesus
Assessoria de Imprensa
rjesus@acsp.com.br
(11) 3180-3220 / plantão (11) 97497-0287

Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 123 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.

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