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A diretoria da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Marília e o Centro Judiciário de Solução de Conflito e Cidadania (Cejusc), desenvolverão um trabalho em conjunto no sentido de oferecer a credores e devedores, a oportunidade de um acordo regulamentado e a recuperação do crédito por parte do consumidor e a recuperação do valor da venda por parte do comerciante. “Um trabalho importante em todos os sentidos, em que todos são beneficiados”, disse o presidente da associação comercial mariliense, Libânio Victor Nunes de Oliveira ao assinar o termo de cooperação, juntamente com a Juíza de Direito, Daniele Mendes de Melo (Coordenadora do Cejusc) e do presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o Juiz Fernando Figueiredo Bartoletti.
Este termo de cooperação visa um trabalho junto ao empresariado local, no sentido de utilizarem o Cejusc, órgão do Conselho Superior da Magistratura e Resolução 125 do Conselho Nacional da Justiça, um acordo efetivo entre o devedor e credor. “Vamos promover acordos e com isso fazer com que mais pessoas tenham condições de comprar no crediário e de comerciantes recuperarem um valor considerado perdido”, falou o presidente da Acim ao lembrar que nos últimos cinco anos existe um valor inadimplente na ordem de R$ 15 milhões parado, sendo que deste total quase R$ 5 milhões foram somente no período de janeiro a novembro deste ano, ou seja quase um terço do valor total. “Isto pode ser recuperado”, disse animado Libânio Victor Nunes de Oliveira que acredita no interesse das pessoas de pagarem as dívidas existentes.
No termo assinado entre os parceiros, pessoal do Cejusc de Marília terá oportunidade em encontros empresariais de explicarem a forma simples que existe de um acordo judicial, bem como a associação comercial estimulará entre os associados a possibilidade do acordo através do Cejusc de Marília. “Vamos programar para 2016 o Cejusc Itinerante: Marília Cidadã, com propagandas, panfletagens, cartilhas e demais materiais de orientação, conforme a disponibilidade da associação comercial”, comentou o superintendente da Acim, José Augusto Gomes.
Para Libânio Victor Nunes de Oliveira este trabalho em conjunto será importante para o comércio de Marília, que passa a ter uma ferramenta de combate a inadimplência que é um perigo para qualquer empresa. “Através do Cejusc será possível homologar acordo, tornando-os em títulos executivos judiciais”, lembrou o dirigente ao destacar que para participar desta ação o lojista terá que ter documentos que comprovem a existência da dívida. “Dai a necessidade dos comerciantes estarem devidamente organizados, antes mesmo do surgimento da dívida, tendo procedimentos internos com o maior número possível de informações sobre o cliente e principalmente documentos entre as partes”, explicou o dirigente satisfeito com o acordo assinado. “E sem custo operacional para qualquer um dos envolvidos”, destacou um dos pontos importantes do trabalho que começa a ser realizado entre as duas instituições.
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