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Na abertura do Congresso da Facesp ontem, Guilherme Afif defende reforma política com constituinte exclusiva

Notícias 22 de novembro de 2016

Entidades filiadas à Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) estão reunidas em hotel em Águas de Lindóia

São Paulo, 22 de novembro de 2016. Teve início na noite desta segunda-feira (21) a 17ª edição do Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). O evento – que está sendo realizado na cidade de Águas de Lindóia e termina hoje – reúne centenas de lideranças empresariais para discutir o atual momento do País e do varejo.

O presidente da Facesp, Alencar Burti, ressaltou o papel do setor na construção de uma sociedade mais justa. “Nós, empreendedores, temos a obrigação de achar soluções e parar de falar em crise. Temos que nos unir em direção ao caminho da salvação nacional. Contamos com a colaboração de todos para darmos o máximo que podemos em favor do Brasil”.

A palestra de abertura do congresso - acompanhada por cerca de mil pessoas - coube ao presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Ele frisou a urgência de se fazer a reforma política antes de qualquer outra. “Estamos com um profundo desgaste da estrutura política. E vai piorar muito, porque a Lava Jato não para. A única reforma que pode ser entregue já é a do sistema político. É a mãe das reformas. E não pode ser feita pelo Congresso, mas sim por uma constituinte exclusiva”.

Para o presidente do Sebrae, está clara a “ruptura entre nação e estado” e os atuais políticos já não gozam de legitimidade popular. Por isso, mais do que a reforma previdenciária - que tem sido objeto constante das articulações em Brasília – Afif defendeu que o Brasil precisa urgentemente da reforma político-partidária. Também se revelou favorável ao voto distrital, “porque o Brasil de cima para baixo não está dando certo. É preciso que a população se mobilize para fazer o Brasil dar certo de baixo para cima”, afirmou.

Missão

Ao longo da apresentação, ele defendeu o pequeno empresário e prometeu continuar lutando contra a burocracia brasileira. Relembrando sua passagem pela extinta Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, disse que seu compromisso - ao contrário do que muitos diziam - não era com nenhum “jogo político”: “Fui cumprir uma missão. Missão esta que completa 40 anos, desde quando entrei na Associação Comercial de São Paulo, em 1976, para brigar pelo pequeno empresário”.

Boicote

Para o presidente do Sebrae, é imprescindível que o País invista em leis em favor do micro e pequeno empresariado, que deve ser protegido da “avalanche de burocracia imposta pelo Estado”. Contudo, disse ele, as áreas fiscais dos governos têm batido de frente com muitas dessas iniciativas. “As áreas fiscais não gostam do Simples, das facilidades do Simples. Se puderem boicotar, boicotam”, comentou o ex-deputado constituinte, em referência às oposições feitas pela Receita Federal durante a tramitação do projeto que inovou o sistema tributário.

Afif revelou que sua briga agora é com o Banco Central, que vetou a criação das Empresas Simples de Crédito. O objetivo desse modelo é permitir que pessoas físicas emprestem dinheiro, fomentando a economia local. “Alguns me perguntam se, com isso, quero regularizar a agiotagem. Não. Queremos é concorrer com a agiotagem, que é o cheque especial, o cartão de crédito”, afirmou, sob aplausos da plateia.

“Hoje, o Estado atrapalha o desenvolvimento da nação. É um estorvo. Uma maçaroca que não rende. Estamos vivendo uma época de profunda transformação e precisamos decidir se seremos expectadores ou atores”, ressaltou, em relação às interferências estatais na iniciativa privada.

Liderança consciente

Com o mote “Liderança Consciente”, a edição de 2016 do congresso propõe uma reflexão sobre a formação de líderes empresariais nos dias de hoje. Esse tema, aliás, foi destacado durante a abertura pelo presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), George Teixeira Pinheiro. “Um dirigente, para a CACB, é um exemplo de atitudes e comportamentos conscientes. Trata-se de um tema atual e importante diante desse Brasil em transformação e que tanto está precisando de lideranças”, frisou ele, defendendo ainda que o setor público precisa reduzir seus gastos e acompanhar o ritmo de inovações da iniciativa privada.

Para Maurício Pedroso Valente, presidente da Associação Comercial de Águas de Lindóia, o setor do comércio varejista, que representa 19,4% das vagas formais de trabalho no Brasil, precisa mostrar força diante de adversidades. “Não podemos desanimar. Esse congresso vem não apenas para trazer soluções, mas força e motivação para que estejamos preparados para superar todos os desafios. É o pequeno empresário que move esse País. E esse empresariado se reúne justamente nas associações comerciais”, disse o anfitrião do congresso.

Também estiveram no encontro o vereador Joel Raimundo de Souza, presidente do legislativo municipal; o deputado estadual paulista Itamar Borges, líder da Frente Parlamentar do Empreendedorismo e do Combate à Guerra Fiscal; e o deputado federal Walter Ihoshi.

A programação completa pode ser conferida no site www.congressofacesp.com.br . O 17º Congresso Facesp é realizado com correalização do Sebrae/SP e patrocínio da Associação Comercial de São Paulo, da Boa Vista SCPC, da Tim, do Bradesco, da Certisign, dos Correios e do governo federal. 

Mais informações:

Renato Santana de Jesus
Assessoria de Imprensa
rjesus@acsp.com.br
(11) 3180-3220 / (11) 97497-0287

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