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Confiança do brasileiro atinge pessimismo sem precedentes, informa Associação Comercial de SP

Notícias 11 de agosto de 2015

Pela 1ª vez desde que foi criado, em 2005, Índice Nacional de Confiança da ACSP avança no campo pessimista, marcando 84 pontos em julho; 53% dos entrevistados estão inseguros no emprego

São Paulo, 10 de agosto de 2015. O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou 84 pontos em julho, uma queda de 16 pontos em relação ao mês anterior. Trata-se do pior resultado desde o início da série histórica da pesquisa, em abril de 2015.

Essa também é a primeira vez que o índice fica abaixo dos 100 pontos. No INC, os valores acima de 100 pontos significam otimismo. Abaixo disso, indica pessimismo dos brasileiros. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipsos entre os dias 15 e 31 de julho em todas as regiões brasileiras.

“A economia não piorou tanto de um mês para o outro. Portanto, o INC indica que, além dos fatores macroeconômicos, a crise política também tem alterado a percepção do brasileiro, que está perdendo a confiança. Os poderes precisam achar um consenso a respeito do que fazer no Brasil para superar essas crises", analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo). 

Em julho de 2014, o INC marcou 144 pontos (60 a mais do que agora). Em 2015, a série apresenta os seguintes valores: 137 (jan), 128 (fev), 117 (mar), 103 (abr), 105 (mai), 100 (jun) e 84 (jul).

Regiões e classes socioeconômicas

Também foi a primeira vez que a confiança de todas as regiões brasileiras e todas as classes socioeconômicas ficaram no campo do pessimismo (abaixo dos 100 pontos).

Diferentemente dos outros meses de 2015, em julho, o Sul foi a região que anotou o maior pessimismo: 67 pontos, sobre 100 pontos em junho. Essa queda acentuada pode ser explicada pelos eventos climáticos adversos - que têm prejudicado a economia local – e pela situação das finanças no Rio Grande do Sul, além das crises econômica e política já citadas.

Nas demais áreas foram registrados 83 pontos no Sudeste (90 em junho), 90 no Norte/Centro-Oeste (109 em junho) e 93 no Nordeste (111 em junho).

A classe AB continuou sendo a mais pessimista em julho, com INC de 75 pontos ante 81 no mês anterior. A classe C marcou 85 pontos (103 em junho) e a DE assinalou 89 pontos (ante 109) – essas parcelas da população são mais sensíveis às elevações dos preços e da taxa de desemprego.

“Apesar de ter mais condições de compra, a classe AB é a mais pessimista. Então, realmente não é apenas uma questão econômica que está afetando os consumidores brasileiros. Há um fator político que está pesando muito. E isso contribui para aumentar a incerteza”, diz Burti.

Percepção do consumidor

Quando questionados se sua atual situação financeira é ruim, 49% dos entrevistados responderam afirmativamente.

Em relação às perspectivas futuras, 34% disseram acreditar que sua situação financeira vai melhorar – há um ano eram 48%. Por outro lado, 32% acreditam que irá piorar, contra 13% há um ano.

Outro ponto abordado pela pesquisa, a segurança no emprego apresentou resultados de piora: em julho, 53% dos entrevistados estavam inseguros no emprego ante 18% seguros. Uma média de 4,31 pessoas conhecidas dos entrevistados perderam o emprego nos últimos seis meses (sobre 3,81 em junho). “Esse aumento coincide com os números de desemprego do IBGE”, ressalta o presidente da ACSP.

Por conta de tudo isso, apenas 18% dos entrevistados se disseram mais à vontade para comprar eletrodomésticos e 60% menos à vontade. Quando se avaliou a intenção de comprar bens de maior valor (casas e automóveis), os resultados foram parecidos: 14% mais à vontade e 66% menos à vontade.

“As pessoas não querem se endividar porque temem perder o emprego a qualquer momento, até mesmo porque cresce o número de conhecidos que estão sem trabalhar. Acima de tudo isso, estão os juros mais altos e a concessão mais rigorosa de crédito”, comenta Burti.

Por fim, a pesquisa perguntou como as pessoas analisam sua capacidade de investir no futuro, incluindo capacidade de economizar: 55% estavam pouco confiantes para investir no futuro e, 20%, confiantes. Para o presidente da ACSP, esses números estão em sintonia com os saques que a poupança tem sofrido.

O INC

A pesquisa foi elaborada pelos Instituto Ipsos a partir de 1.200 entrevistas domiciliares, em 72 municípios do país, por amostra representativa da população brasileira de áreas urbanas (Censo 2010 e PNAD 2013), com seleção probabilística de locais de entrevista e cotas de escolha do entrevistado, ambas baseadas em dados oficiais do IBGE. O INC da ACSP/Ipsos começou a ser elaborado em abril de 2005 - é um dos mais antigos índices de confiança nacional.

 

Tabela:

Acesse a íntegra do INC/Ipsos com dados de julho de 2015: 
http://mkt.acspservicos.com.br///digital/imprensa/INC_Onda_%20124_Julho.pdf

  

Mais informações:
Renato Santana de Jesus
Assessoria de Imprensa
rjesus@acsp.com.br
(11) 3180-3225

 

 

 

 

 

 

 


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