Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo marcou 140 pontos ante 142 em maio; com perspectiva de produção recorde de grãos, nas regiões Norte e Centro-Oeste, INC foi de 188 pontos, 11 a mais que maio
O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo ACSP) de junho marcou 140 pontos, situação estável em relação ao mês anterior (142 pontos) e a junho do ano passado (138 pontos). A margem de erro é de três pontos percentuais.
O INC é elaborado mensalmente pelo Instituto Ipsos para a ACSP. Para essa pesquisa, foram feitas mil entrevistas entre os dias 19 e 30 de junho em 70 cidades brasileiras – desta forma, o INC de junho não captou um possível pessimismo por parte dos brasileiros após a derrota para a Alemanha na Copa do Mundo.
O que mais chama a atenção neste levantamento é o salto na confiança dos habitantes do Norte e Centro-Oeste do Brasil: nessas regiões, o índice foi puxado pelo agronegócio e ficou em 188 pontos – bem acima da média nacional (140) e 11 pontos a mais do que em maio, quando foram registrados 177 pontos. A perspectiva para a produção de grãos neste ano é de mais de 190 milhões de toneladas, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
“A estabilidade no Índice Nacional de Confiança em junho se deve ao agronegócio. É ele quem equilibra os números”, afirma Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) e presidente-interino da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil).
Na contramão, afetada pela estiagem, a região Sudeste puxa para baixo o INC: o índice foi de 130 pontos em junho ante 135 em maio.
A região sul ainda é a segunda mais otimista do país – perde apenas para o Norte/Centro-Oeste. Mas a situação ficou estável, em patamar alto, com 173 pontos em junho e 174 em maio.
O cenário ficou estável também no Nordeste, com 127 pontos ante 128 em maio.
Classes sociais
Apesar de continuar a mais otimista, a classe C apresentou estabilidade quanto à confiança, com INC de 145 pontos em junho ante 147 em maio, dentro da margem de erro.
Possivelmente por estar melhor informada sobre o cenário econômico atual, na classe AB a confiança ficou em 125 pontos contra 131 em maio.
Com INC de 133 pontos, a classe DE cresceu oito pontos em relação a maio, provavelmente em razão do reajuste do Bolsa-Família.
Consumidor menos seguro no emprego e no futuro
Conforme mostra a tabela abaixo, ficou estável a percepção do consumidor brasileiro quanto a sua situação financeira atual: ela foi considerada boa por 47% em junho, ante 44% em maio e 45% há um ano.
Já os demais indicadores estão desfavoráveis.
Para 44% dos entrevistados, a situação financeira futura vai melhorar, contra 45% em maio e 49% há um ano.
Em junho, 31% das pessoas ouvidas disseram estar seguras no emprego – em maio eram 33% e, há um ano, eram 36%.
Já 35% deles estavam favoráveis à compra de eletrodomésticos, ante 37% em maio e 44% há um ano.
Com a maior incerteza do mercado, 29% dos consumidores ouvidos estavam favoráveis à compra de itens de grande valor e 37% não estavam favoráveis em junho.
“A menor segurança no emprego resulta numa maior cautela por parte do consumidor quanto à sua situação financeira e às compras”, explica Rogério Amato.
O INC
O Instituto Ipsos fez o levantamento em nove regiões metropolitanas, por meio de amostra probabilística com cota, representativa do eleitorado a respeito de sexo, idade, educação, PEA (População Economicamente Ativa) e região (PNAD e TSE).
O INC mostra como está a confiança do consumidor em âmbito nacional e, também, em cada região e classe social. Indica a percepção da população quanto à economia e à sua situação financeira, além das perspectivas quanto ao futuro, visando a prever o comportamento do consumidor no mercado.
Acesse a íntegra do INC/Ipsos de julho de 2014 (com dados referentes a junho):
http://portal.acsp.com.br/pesquisa_inc/inc_julho2014.pdf
Mais informações:
Ana Cecília Panizza
Assessoria de Imprensa ACSP
apanizza@acsp.com.br
(11) 3180-3220
Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 119 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.